terça-feira, 30 de abril de 2019

Avaliação do potencial antioxidante de flores de Strelitzia reginae in vitro

Não faça ingestão de partes da strletizia, pois são tóxicas, deixe com a Ciência, segue post:


Claudia Alves Ortiz Gularte, Andressa Rossini Goulart, Dandara Fidélis Escoto Geovana Da Cruz Pereira, Matheus Chimelo Bianchini, Tatiana Tamborena, Robson Luiz Puntel

Resumo


As espécies reativas ao oxigênio (EROs) são produzidas no curso do metabolismo normal e servem a importantes funções fisiológicas. 

No entanto,devido a sua alta reatividade, o acúmulo de EROs além das necessidades imediatas da célula pode afetar a estrutura celular e sua integridade funcional, provocando degradação oxidativa de moléculas essenciais como DNA, proteínas e lipídios. Os danos teciduais, mediados pelo excesso de radicais livres está envolvido em diversos fenômenos biológicos, incluindo envelhecimento, carcinogênese, aterosclerose e doenças neurodegenerativas.

Antioxidantes naturais são produtos do metabolismo secundário dos vegetais os quais estão atribuídos propriedades terapêuticas preventivas a uma série de doenças. Cresce cada vez mais o numero de trabalhos que buscam novas plantas com propriedades antioxidantes.

A Strelitzia reginae, também conhecida como “ave-do-paraíso”, é a espécie mais conhecida do gênero Strelitziaceae. Popular no Brasil, esta é uma planta tropical muito utilizada como flor de corte em ornamentação e paisagismo devido à sua aparência exótica e cores fortes de suas inflorescências.

Em vista disto, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de extratos aquoso e etanólico de flores de Strelitzia reginae através de ensaio de Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) para a determinação de peroxidação lipídica e determinação de atividade antioxidante por medição da redução do radical DPPH.

Os extratos foram preparados com as flores de Strelitzia reginae em proporção 1:10 (planta/solvente) e armazenados no escuro por 48 horas antes de sua utilização. 

Todos os resultados foram expressos em % de controle e a análise dos dados se deu por teste estatístico ANOVA de uma via seguido do teste Dunnet como post hoc, com significância de p < 0,05.

Os dados obtidos mostram que os extratos aquoso e etanólico de Strelitzia reginae inibiram significativamente a produção de TBARS. O extrato aquoso mostrou efeito significativo na inibição da produção de TBARS nas três maiores concentrações (8.33 mg/mL, 166.6 mg/mL e 333.3 mg/mL) enquanto o extrato etanólico apresentou melhores resultados nas concentrações de 3.33 mg/mL, 8.33 mg/mL, e 166.66 mg/mL, não apresentando resultado positivo para a maior concentração de 333.33mg/mL. 

Em relação à atividade redutora do radical DPPH, o extrato aquoso apresentou efeito significativo nas concentrações de 3,33 mg/mL, 1,66 mg/mL e 0,66 mg/mL e o extrato etanólico se mostrou significativo para todas as diluições de extrato (0.03 mg/mL, 0.06 mg/mL, 0.33mg/mL, 0.66 mg/mL, 1.66 mg/mL e 3.33mg/mL).

As plantas medicinais são tradicionalmente utilizadas no tratamento de várias doenças e suas propriedades farmacológicas e terapêuticas são atribuídas a propriedades antioxidantes. 

Partindo dos dados apresentados, conclui-se que ambos os extratos testados apresentaram potencial capacidade antioxidante nos ensaios propostos indicando potencial utilização farmacológica destes.

Palavras-chave


estresse oxidativo; antioxidantes; extratos vegetias




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