Não faça ingestão de partes da strletizia, pois são tóxicas, deixe com a Ciência, segue post:
Resumo
As espécies reativas ao oxigênio (EROs) são produzidas no curso do metabolismo normal e servem a importantes funções fisiológicas.
No entanto,devido a sua alta reatividade, o acúmulo de EROs além das necessidades imediatas da célula pode afetar a estrutura celular e sua integridade funcional, provocando degradação oxidativa de moléculas essenciais como DNA, proteínas e lipídios. Os danos teciduais, mediados pelo excesso de radicais livres está envolvido em diversos fenômenos biológicos, incluindo envelhecimento, carcinogênese, aterosclerose e doenças neurodegenerativas.
Antioxidantes naturais são produtos do metabolismo secundário dos vegetais os quais estão atribuídos propriedades terapêuticas preventivas a uma série de doenças. Cresce cada vez mais o numero de trabalhos que buscam novas plantas com propriedades antioxidantes.
A Strelitzia reginae, também conhecida como “ave-do-paraíso”, é a espécie mais conhecida do gênero Strelitziaceae. Popular no Brasil, esta é uma planta tropical muito utilizada como flor de corte em ornamentação e paisagismo devido à sua aparência exótica e cores fortes de suas inflorescências.
Em vista disto, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de extratos aquoso e etanólico de flores de Strelitzia reginae através de ensaio de Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) para a determinação de peroxidação lipídica e determinação de atividade antioxidante por medição da redução do radical DPPH.
Os extratos foram preparados com as flores de Strelitzia reginae em proporção 1:10 (planta/solvente) e armazenados no escuro por 48 horas antes de sua utilização.
Todos os resultados foram expressos em % de controle e a análise dos dados se deu por teste estatístico ANOVA de uma via seguido do teste Dunnet como post hoc, com significância de p < 0,05.
Os dados obtidos mostram que os extratos aquoso e etanólico de Strelitzia reginae inibiram significativamente a produção de TBARS. O extrato aquoso mostrou efeito significativo na inibição da produção de TBARS nas três maiores concentrações (8.33 mg/mL, 166.6 mg/mL e 333.3 mg/mL) enquanto o extrato etanólico apresentou melhores resultados nas concentrações de 3.33 mg/mL, 8.33 mg/mL, e 166.66 mg/mL, não apresentando resultado positivo para a maior concentração de 333.33mg/mL.
Em relação à atividade redutora do radical DPPH, o extrato aquoso apresentou efeito significativo nas concentrações de 3,33 mg/mL, 1,66 mg/mL e 0,66 mg/mL e o extrato etanólico se mostrou significativo para todas as diluições de extrato (0.03 mg/mL, 0.06 mg/mL, 0.33mg/mL, 0.66 mg/mL, 1.66 mg/mL e 3.33mg/mL).
As plantas medicinais são tradicionalmente utilizadas no tratamento de várias doenças e suas propriedades farmacológicas e terapêuticas são atribuídas a propriedades antioxidantes.
Partindo dos dados apresentados, conclui-se que ambos os extratos testados apresentaram potencial capacidade antioxidante nos ensaios propostos indicando potencial utilização farmacológica destes.
Palavras-chave
estresse oxidativo; antioxidantes; extratos vegetias
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